Videogame faz mal?
Veja quais as recomendações para este prazer universal!
Afinal, será que videogame faz mal? Esta é uma dúvida que muitas pessoas possuem. Vamos ao fundo desta questão neste artigo.
Muitas pessoas têm o videogame intimamente ligado às suas vidas.
Essas pessoas jogaram quando eram crianças e continuam jogando até a idade adulta.
E, de fato, o videogame oferece uma opção de entretenimento única, diferente de tudo que existe.
É a única mídia realmente interativa, onde você está intrinsecamente ligado ao decorrer da história.
Isso nos possibilita desenvolver nossa autonomia, habilidades espaciais, manuais, entre outras.
Mas muitas pessoas acham que o videogame prejudica a saúde.
Neste texto vamos entender os benefícios de jogar videogame e quais as recomendações para que este prazer não se torne nocivo. Leia em:
- Será que videogame faz mal?
- As referências pessoais
- A questão da violência
- Existe violência em outros jogos?
- Videogame faz mal: o que a ciência diz?
- Quando o videogame faz mal?
Analisando: Será que videogame faz mal?
Vamos começar este artigo abordando diretamente o assunto do título.
Jogar games na internet faz mal? Podemos começar dizendo que não.
Claro, assim como tudo na vida. O que faz mal é o excesso.
De fato, até água em excesso pode fazer mal.
Mas de onde veio essa mania de falar que o vídeo-game é prejudicial?
Veja bem – toda vez que acontece algum episódio de violência entre jovens – o que é bem mais comum nos Estados Unidos do que aqui – diversos noticiários trazem especialistas prontos para colocar a culpa nos videogames.
Mas, as pessoas ficam violentas por jogar games violentos?
Oras, não é porque você joga Mario que vai querer virar um encanador e sair pisando em tartarugas.
Veja esse vídeo a respeito, sobre se videogame fazem mal:
As referências pessoais
Um dos problemas no argumento de pessoas que o videogame não faz mal é o uso das referências pessoais.
Por exemplo: “eu joguei a minha vida toda e não me tornei uma pessoa violenta”. O problema com este argumento é que o outro lado pode também usá-lo.
E, se valem de tragédias para justificar.
No Brasil, nós tivemos o massacre de Suzano, e foi amplamente divulgado na mídia que os jovens jogavam muito Counter Strike nas antigas Lan Houses.
Outros eventos internacionais acabaram usando a mesma justificativa, sendo o mais marcante o massacre de Columbine, nos Estados Unidos.
Mas por qual motivo as pessoas relacionam videogames a isso?
Afinal de contas, estes jovens também assistiam televisão. Não poderia ela ser culpada?
A questão da violência
As pessoas relacionam o videogame a isso pois consideram que a violência que é apresentada nos videogames é muito semelhante àquela do mundo real.
Afinal, você tem um aspecto sensorial imediato: há alguém na tela com uma arma matando pessoas – e isso leva as pessoas a acreditarem que videogame faz mal.
Pois relacionam a violência que há nos jogos com a violência no mundo real.
Mas não é assim que um jogo funciona.
Vamos pegar os primeiros jogos de videogame, como o Atari.
Existe uma estrutura nestes primeiros jogos que é a seguinte: um desafio é apresentado aos jogadores, e cabe a eles vencerem este desafio.
O desafio é necessário para dar uma satisfação ao jogador, no momento que ele o vence.
Por isso que existem termos como “matar o inimigo”, que nada mais é do que remover um obstáculo, um desafio que deve ser vencido.
Mas isso não é exclusividade dos videogames.
Existe violência em outros jogos?
No xadrez, por exemplo, o objetivo é “matar” as peças adversárias, removendo-as fisicamente para alcançar o objetivo.
No entanto, ninguém culpa o xadrez por tornar as pessoas violentas, certo?
Perceba que, tanto o xadrez quanto as damas, que também envolve a “eliminação” do adversário, são compostos de elementos abstratos.
No caso das Damas, estamos falando literalmente de peças redondinhas, que não possuem nenhuma representação na vida real.
E os jogos de Atari, da mesma forma, eram bem abstratos.
Mas os jogos modernos trazem gráficos mais próximos da realidade. Mas ainda não são “reais”.
Portanto, da mesma forma que um jogo de futebol não torna ninguém um jogador profissional, um jogo violento não deixa ninguém agressivo.
Você pode ser o melhor de táticas no FIFA. Tente usar as mesmas táticas em um time de verdade.
Ninguém joga Super Mario porque odeia tartarugas, ou jogar algo no qual o objetivo é matar alienígenas por que odeia ETs.
Na verdade, o desenvolvedor do jogo colocou o desafio na forma de tartarugas ou aliens – e o jogador, instintivamente, sabe reconhecer a diferença.
E quem não consegue separar uma coisa da outra é que possui algum problema anterior ao jogo.
Mas não acreditem em nós – nem é necessário, pois diversos estudos já foram feitos sobre o tema.
Videogame faz mal: o que a ciência diz?
De fato, é natural que as pessoas se preocupem com novas tecnologias.
Mas com os videogames isso vai além. Não raro as pessoas que não possuem nenhum contato com jogos que usam como bode expiatório para problemas sociais.
Um estudo feito com mais de 1000 adolescentes na Grã-Bretanha mostrou que não existe nenhum fator que ligue o comportamento agressivo com a prática de videogames.
Já a Escola de Saúde Pública de Harvard fez uma meta-análise e concluiu que os efeitos sobre a agressividade de uma pessoa são bem pequenos.
E são indistinguíveis dos sentimentos que outras mídias ou jogos, como tênis ou golfe, inspiram nas pessoas.
Logo, quando você vê uma cena violenta em um jogo, quem está imerso ali sabe que é algo que não possui nenhuma relação com a vida real.
Por mais que alguém atropele pessoas no GTA, isso não quer dizer que ele vai repetir este comportamento quando pegar o seu carro de verdade.
De maneira semelhante, uma pessoa que derruba as pessoas no seu treino de Judô não vai ficar derrubando pessoas na rua.
Quando o videogame faz mal?
Mas, sim, existe um momento no qual jogos de videogame fazem mal: quando ele é jogado em excesso.
É comprovado que jogar em demasia pode trazer alguns problemas de saúde.
Vamos elencar alguns aqui:
- É possível desenvolver dores nos punhos ou nos dedos;
- Fones de ouvido muito altos por muito tempo podem levar a pessoa a desenvolver uma complicação de audição;
- Ficar muito tempo parado na mesma posição pode levar ao desenvolvimento de uma má postura;
- Quem costuma jogar muito de madrugada vai desenvolver problema de sono, o que acarreta mais fadiga;
- Pessoas que jogam demais costumam ser sedentárias, o que acarreta em problemas como obesidade, entre outros.
Portanto, o vício em videogames não é algo positivo, assim como não é bom o vício na maioria das coisas que existem.
Saiba mais sobre o mundo dos games, veja aqui.
Mas, ao final, podemos responder à pergunta “videogame faz mal?” com um sonoro não, desde que seja com moderação.
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