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O que é o Fundo Garantidor de Crédito

Constitui-se em uma associação civil sem fins lucrativos!

Você sabe o que é Fundo Garantidor de Crédito? Conheça a importância desta associação e como ela zela pela segurança do seu dinheiro.

Hoje em dia, o brasileiro aos poucos está perdendo o medo de investir.

As opções no mercado são maiores, e com a chegada da internet para uma grande quantidade de pessoas, a informação sobre isso chega mais facilmente.

Ou seja, hoje em dia não faz mais sentido “guardar dinheiro embaixo do colchão” como faziam nossos pais ou avós (muitas vezes literalmente, inclusive).

Uma pesquisa realizada pela Exame/Ideia mostrou que um terço dos nossos compatriotas deseja realizar ao menos alguma forma de investimento no ano de 2022.

Isso definitivamente é um cenário bem diferente de 10 ou 20 anos atrás, por exemplo.

No entanto, risco é algo inerente à natureza dos investimentos.

E decerto é um fator que afasta boa parte da população.

Contudo, para garantir a segurança destas aplicações, existe o Fundo Garantidor de Crédito – algo que certamente é desconhecido por quem não é envolvido com esta área.

E nós estamos aqui com o objetivo de lhe passar esta importante informação, que muitas vezes é negligenciada por bancos e instituições financeiras.

Acompanhe junto conosco e entenda mais sobre isso em uma linguagem simples e sem forma técnica. Leia em:

Definição de Como funciona a Bolsa de Valores

Fundo Garantidor de Investimento: o que é?

Basicamente, trata-se de uma associação que tem como por objetivo ser um garantidor de investimentos.

Ela, ao contrário do que muitos possam pensar, não é uma entidade governamental, mas sim um organismo civil, privado, que não possui como objetivo fins lucrativos.

Ela vai ter como objetivo trazer mais segurança, o que permite que os investidores possuam maior confiança.

Afinal de contas, sabemos que o risco de perder o capital investido é algo que afasta muitas pessoas do mercado financeiro.

Portanto, caso o banco (ou então a instituição financeira) não tenha capacidade, por quaisquer motivos, de não conseguir cumprir os seus compromissos, o FGC cobre.

Assim, caso esta empresa sofra com algum problema de séria crise bancária, liquidação extrajudicial, falência, intervenção, ou qualquer coisa que impeça ele de pagar os dividendos acordados, o investidor terá a proteção do Fundo.

Essencial para em um país marcado por crises financeiras recorrentes como o Brasil, ele concedeu ao sistema financeiro uma estabilidade de funcionamento.

A história do FGC

Esta importante instituição de estabilização do mercado financeiro surgiu após uma resolução, de número 2.197 de 1995 do CMN – Conselho Monetário Nacional.

Nela, ficava determinado que poderia ser criado, dentro da sociedade civil, entidades que não possuíssem intenção de lucro, mas que pudessem dar proteção aos investidores.

Mas proteção contra quem? Contra os bancos, instituições financeiras e as próprias instabilidades do mercado.

De lá até os dias de hoje, existem nada menos do que 231 instituições que se associam ao Fundo Garantidor de Crédito.

Qual o funcionamento do FGC?

Acredito que você compreende até aqui que o Fundo Garantidor de Crédito tem como principal objetivo proteger os seus investimentos.

E assim, eliminar um pouco o medo natural que sente quem vai colocar o seu tão suado dinheiro em algo muitas vezes tão abstrato como uma aplicação.

Portanto, podemos colocar capital em um fundo de renda fixa, por exemplo, e ter a tranquilidade que o dinheiro vai voltar.

Dentro do acordo previsto e com os juros combinados, inclusive.

Mas é natural que surjam dúvidas sobre como isso funciona.

Primeiramente, é bom lembrar que o dinheiro que permite o FGC garantir os investimentos não vem do nada.

Ele surge através de constantes e regulares contribuições feitas por:

  • Bancos de investimentos;
  • Bancos de desenvolvimento;
  • Caixa Econômica Federal.

E, todas as outras instituições financeiras cobertas pelo FGC.

Aliás, por falar nisso, vamos conhecê-las a seguir.

Veja esse vídeo sobre o Fundo Garantidor de Crédito:


O que o Fundo Garantidor de Crédito cobre?

Bom, em uma continuação lógica ao que estávamos falando no último ponto, o FGC é financiado pelas instituições nas quais ele funciona como garantidor.

Mas quais são os investimentos protegidos?

  • RDB: conhecida aplicação de renda fixa que é emitido por diversas sociedades de crédito, e não permite resgate prévio;
  • Poupança: velha conhecida dos brasileiros, que varia de acordo com a SELIC. Uma das aplicações com menor retorno;
  • DPGE: geralmente usado por instituições para angariar recursos, e o “garantia especial” se refere a altíssima cobertura do FGC – que pode chegar a até R$ 20 milhões;
  • Letras de Câmbio: certificado de depósito emitido por financeiras;
  • Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio: similar às letras de câmbio;
  • CDB: similar a letra de câmbio, mas com emissão realizada por corretoras e câmbios.

Além disso, ele também garante depósitos que são realizados à vista, que não possuem aplicações em renda fixa.

Montantes sacados com aviso prévio também são protegidos.

E o que o Fundo Garantidor de Crédito não cobre?

Apesar de oferecer segurança para diversos investimentos, não são todos que possuem esta cobertura.

Um deles que não é coberto pelo FGC é o Tesouro Direto: ele é diretamente protegido pelo Tesouro Nacional.

Que, aliás, é responsável pela emissão de papel moeda em nosso país.

Logo, ele pode imprimir mais dinheiro para honrar compromissos – ainda que isso não seja desejável.

Outros investimentos que não são garantidos pelo FGC são Fundos de Investimentos, pois são independentes e submetidos à CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

Debêntures, ativos na Bolsa de Valores, Certificados de Recebíveis, tanto imobiliários quanto do agronegócio e Letras Financeiras também não são protegidos.

No entanto, preciso ter medo destas aplicações?

De forma nenhuma, pois estes investimentos possuem suas próprias maneiras de se proteger.

E tem mais uma coisa – é preciso sempre considerar que a relação entre risco e possibilidade de retorno é algo inerente ao mercado financeiro.

Isso quer dizer que aplicações que possuem maior risco podem oferecer maiores rendimentos.

Informações adicionais sobre o Fundo Garantidor de Crédito

Para complementar, vale dizer que FGC garante ressarcimento de até R$ 250 mil a cada conta e até R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ.

E o pagamento, caso seja necessário, acontece entre 1 e 2 meses, e casos envolvidos em liquidação de instituição ou intervenção são analisados de forma individual.

Saiba mais sobre Finanças, veja aqui.

Enfim, isso é tudo o que você precisa saber sobre o Fundo Garantidor de Crédito, o conteúdo lhe ajudou? Então, compartilhe em suas redes sociais!

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